Quarta, 12 de Novembro de 2025
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Deputados devem votar suspensão de contratos de consignado com servidores de MT Votação vem após inclusão de servidores do Poder Legislativo na proposta

Deputados devem votar suspensão de contratos de consignado com servidores de MT Votação vem após inclusão de servidores do Poder Legislativo na proposta

28/10/2025 às 07h56
Por: Redação
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Deputados devem votar suspensão de contratos de consignado com servidores de MT Votação vem após inclusão de servidores do Poder Legislativo na proposta

A suspensão imediata dos efeitos de contratos de crédito consignado considerados irregulares com servidores públicos estaduais deve ser votada nesta quarta-feira (29.10) pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). O Projeto de Decreto Legislativo (PDL) nº 13/2025 alcança operações que ultrapassem o limite de 35% da remuneração líquida dos trabalhadores, incluindo cartões de crédito consignado, cartões de benefício e Crédito Direto ao Consumidor (CDC).

A proposta já tem parecer favorável da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) e está em dispensa de pauta para segunda votação. A relatoria do projeto é do deputado Valdir Barranco (PT).

A votação deveria ter ocorrido na sessão da última quarta-feira (22), mas foi adiada após pedido de vista do deputado Max Russi (PSB). Apesar da devolução do projeto na mesma sessão, apenas o reajuste salarial dos servidores do Tribunal de Justiça foi votado no dia, após bate-boca no plenário.


Conforme o texto, ficam suspensos, por até 120 dias, os efeitos dos contratos firmados em desacordo com a legislação vigente, sem cobrança de parcelas, juros, multas, descontos em folha, lançamentos em conta ou negativação do nome dos servidores. O prazo poderá ser prorrogado caso a Controladoria-Geral do Estado (CGE) e a Força-Tarefa criada pelo Decreto nº 1.454/2025 apontem necessidade para conclusão das investigações.

O objetivo é apurar possíveis abusos, fraudes, juros excessivos e operações realizadas sem transparência por instituições financeiras. A medida é fundamentada na Lei Federal nº 14.181/2021, que trata da prevenção ao superendividamento.

Durante a tramitação, foi apresentada e acatada a Emenda nº 1, que amplia a suspensão também para casos envolvendo servidores do Poder Legislativo, garantindo isonomia e segurança jurídica.

O parecer da Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte, aprovado na última quinta-feira (23), destaca denúncias de descontos que chegaram a comprometer entre 60% e 90% da remuneração de trabalhadores, gerando endividamento grave, depressão, desestruturação familiar e até casos de suicídio.

O parecer também aponta que o período de suspensão é considerado urgente para revisão de contratos, repactuação de dívidas e responsabilização das empresas que tenham atuado em desconformidade com a legislação.

A autoria do PDL é do deputado Wilson Santos (PSD), com coautoria da deputada Janaina Riva (MDB).


 

 
 
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