Ser influenciador ou influencer nos dias de hoje
Na era digital, os conceitos de influenciador e influencer se confundem, mas representam nuances diferentes de um mesmo fenômeno social: o poder de influência nas redes.
O influenciador é aquele que constrói credibilidade a partir de valores, atitudes e exemplos. Sua influência nasce do conteúdo genuíno e da identificação que provoca no público. É a voz que inspira mudanças, comportamentos e reflexões — dentro e fora do ambiente virtual.
Já o influencer é o profissional da influência, figura central no marketing contemporâneo. Ele transforma atenção em capital, parcerias em negócios e engajamento em estratégia. É o rosto visível de um mercado bilionário que movimenta marcas, tendências e estilos de vida.
Para a pesquisadora e especialista em comunicação digital Dra. Camila Torres, professora da USP, a distinção entre os dois papéis vai além da terminologia:
“O influenciador tem um vínculo emocional com o público, enquanto o influencer tem um vínculo comercial. Ambos podem coexistir, mas o perigo é quando o conteúdo perde propósito e se torna apenas um produto de consumo rápido”, explica.
A diferença, portanto, está no propósito. Enquanto o influenciador forma opinião pela autenticidade, o influencer gera impacto pela visibilidade. Ambos coexistem num cenário em que a influência se tornou uma das principais forças de comunicação do século XXI.
Segundo dados do relatório “Digital Influence Trends 2025”, o mercado global de marketing de influência deve ultrapassar US$ 25 bilhões nos próximos anos — um crescimento impulsionado pelo consumo de conteúdo em plataformas como TikTok, Instagram e YouTube.
Nos dias de hoje, ser influenciador ou influencer exige mais do que alcance: exige responsabilidade com a informação, coerência com o discurso e consciência do papel social que cada publicação carrega.
Opinião
Em um mundo saturado de vozes, o verdadeiro diferencial não está em quem fala mais alto, mas em quem fala com propósito. O futuro da influência digital não será medido apenas por seguidores, mas por credibilidade, ética e impacto real.
Afinal, a influência que permanece não é a que vende um produto — é a que transforma uma mentalidade.
