
Quase uma década após a realização do concurso público para a Polícia Penal do Estado de Mato Grosso, a angústia e a indignação dos aprovados só aumentam. O certame, realizado em 2016, segue judicializado e sem perspectiva concreta de nomeação, mesmo diante da grave escassez de efetivo nas unidades prisionais de todo o estado.
Em entrevista recente, Adriano Miranda Pires, presidente da Comissão Geral do Concurso, desabafou sobre a situação, que considera insustentável. Segundo ele, o concurso está parado na Justiça, o governo não convoca os aprovados e o sistema penitenciário está totalmente defasado. “Faltam policiais penais em Cuiabá, Várzea Grande e em praticamente todo o interior de Mato Grosso”, afirmou.
A ação judicial mencionada corre na Vara de Cuiabá, sob responsabilidade do juiz Bruno Marques, e segue em análise. Enquanto isso, o problema se agrava: há mais de mil cargos vagos no sistema penitenciário estadual, cenário que eleva o risco de crises e rebeliões dentro dos presídios.
Os policiais penais exercem uma função essencial para a segurança pública. São eles que garantem o controle, a disciplina e a ressocialização dentro das unidades prisionais, um trabalho de alto risco, que exige preparo, coragem e valorização constante. Sem esses profissionais, o sistema não funciona e a segurança da sociedade fica comprometida.
O número reduzido desses profissionais compromete não apenas o controle interno dos presídios, mas também a segurança nas ruas. A carência de efetivo aumenta o risco de fugas, rebeliões e o fortalecimento de facções criminosas dentro e fora das unidades prisionais.
A crítica dos aprovados vai além da morosidade judicial: recai também sobre o governo Mauro Mendes, que constantemente destaca a saúde financeira do estado, com superávit e grandes investimentos, mas mantém a segurança pública em segundo plano. A contradição é evidente: enquanto há recursos e sobram anúncios de obras, o sistema prisional, um dos pilares da segurança, opera no limite.
A lentidão na resolução do caso e a falta de transparência do governo estadual alimentam um sentimento de abandono e injustiça entre os aprovados, que esperam há quase dez anos para exercer o cargo conquistado por mérito.
Enquanto o impasse persiste, a realidade nos presídios de Mato Grosso se torna cada vez mais preocupante. A denúncia feita por Adriano Miranda Pires não é apenas um apelo de quem espera por um direito, mas um alerta urgente sobre o risco de colapso do sistema penitenciário se o governo continuar ignorando a necessidade de reforço humano e estrutural.
Assessoria de Imprensa e Comunicação
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